quinta-feira, 1 de outubro de 2009

O Selvagem

Jodhi Segall

Uberaba, MG. Rua Guia Lopes.
Bar da Mariana. 17.12.00 - 19:25
Folhas de outono, 2001.

Aborígine e canibal percebe o homem seu selvagem.
Destruir é fácil. Construir é caro, difícil, moroso.
Restaurar é impossível e assim transborda.
Depura ações. Apura ações.
Acrítico: a crítica, sem referencial, é nula. Ridiculariza, anula.
Invejas...

Aborígine e canibal persegue o homem seu selvagem.
Desborda e não enfrenta. Encontra-se no desencontro.
Planta desertos nas florestas.
Vertiginosamente precipita-se na escuridão.
Deguste sempre a paisagem...

Aborígine e canibal recebe o homem seu selvagem.
Dizer “foi deus quem quis" é sacanagem!
O óbvio nada transforma nem transgride.
Atitude é escalada.
Todo parco amor é sempre parvo.

Não há verdade a ser dita ou julgamento a ser feito;

Aborígine e canibal seduz o homem seu selvagem:
amor parvo é sempre parco.

Nenhum comentário:

Postar um comentário