Jodhi Segall
eu não sei o que dizer.
Gostaria de roubar teu fôlego e com ele
criar estrelas.
Teu olhar me inundou.
E não sei o que fazer.
Eu nada sou.
Nada tenho.
Nada retenho...
Tenho medo. Sou pequenino.
Me sinto como um cachorrinho molhado,
debaixo da chuva,
abanando o rabinho como quem
quer acolhimento. Aconchego
é o nome.
Mas não sei.
Ensina-me,
se possível for...
quarta-feira, 25 de junho de 2014
Verbo
Jodhi Segall
Para Monsenhor Juvenal Arduini.
Uberaba, MG, primavera de 1998.
Folhas de Outono, 2001.
O verbo é a essência.
O homem é o pote.
A oração é a mensagem.
O verbo, a prece.
Todas as coisas giram ao seu redor.
Sozinho, ele não é nada.
Como eu, tu e ele,
Todos dependemos do nós.
E dos nós que desatamos...
Para Monsenhor Juvenal Arduini.
Uberaba, MG, primavera de 1998.
Folhas de Outono, 2001.
O verbo é a essência.
O homem é o pote.
A oração é a mensagem.
O verbo, a prece.
Todas as coisas giram ao seu redor.
Sozinho, ele não é nada.
Como eu, tu e ele,
Todos dependemos do nós.
E dos nós que desatamos...
O Hipócrita
Jodhi Segall
O hipócrita acorda
Sempre acorda
Desperta até antes do próprio obscuro
Nada há do eu censuro
Tudo é útil
O fútil é frugal
Café da manhã
Comum em diários e dialéticas
Faz-se retórica
Ergue-se demagogo
Por fim pedagogo
Diz-se esperança.
O hipócrita acorda
Sempre acorda
Desperta até antes do próprio obscuro
Nada há do eu censuro
Tudo é útil
O fútil é frugal
Café da manhã
Comum em diários e dialéticas
Faz-se retórica
Ergue-se demagogo
Por fim pedagogo
Diz-se esperança.
O brasiliense
Igor Koldhish
Há muito que se recusa um texto no contexto libertário ou, quiçá, esclarecedor.
Ensino aos meus amantes, alunos e infantes valores e princípios básicos de sobrevivência: não minta para si, não exponha suas misérias, seja ético e estético.
Prudência e trabalho caminham juntos. Evite sempre o ser patético. Seja livre em suas escolhas e caminha mansamente rumo aos seus objetivos. Seja responsável por seus acertos e erros, saiba reconhece-los... É o mínimo.
A vergonha brasiliense nos chega gritante. É o máximo? Ou devemos esperar mais.
"Até quando Catilina, não destruirás Cartago?"
Há muito que se recusa um texto no contexto libertário ou, quiçá, esclarecedor.
Ensino aos meus amantes, alunos e infantes valores e princípios básicos de sobrevivência: não minta para si, não exponha suas misérias, seja ético e estético.
Prudência e trabalho caminham juntos. Evite sempre o ser patético. Seja livre em suas escolhas e caminha mansamente rumo aos seus objetivos. Seja responsável por seus acertos e erros, saiba reconhece-los... É o mínimo.
A vergonha brasiliense nos chega gritante. É o máximo? Ou devemos esperar mais.
"Até quando Catilina, não destruirás Cartago?"
O Cume
Jodhi Segall
O cume nunca esteve tão perto e tão distante. Não sei dizer do errante, ser ele um vulcão ou um buraco negro. Mas contudo, certamente estrela guia, a valsar por entre nebulosas e a desbravar novas galáxias. Deste singelo olhar de outrora amante, entre o porvir e o agora, são teus delírios de cigana em êxtase dançante que embalam prazeres interestelares.
Assim, duas almas livres e soberanas se encontram no infinito e se amam em despudor: o sol e a lua se despem de suas nobres vestes, as estrelas iluminam o céu de nossas bocas... Um gozo intenso e tênue banha o mar, inunda oceanos; um arrepio tenso, um gemido agônico, uma pequena morte, um renascer para a eternidade. Sonar, soar, luzir, vou dormir, amor, dentro de ti.
O banho
Jodhi Segall
Para Rutiléia
Uberaba, 12 de junho de
2014; 19:00h.
Eu sou a água que escorre
sobre seu corpo.
Envolvendo-te
completamente como uma manta suave e quente,
Percorro teus misteriosos
vales em profanias,
Profundas e silenciosas
melodias,
Estas que somente tu
escutas dentro mim.
Eu sou a espuma
harmoniosa que perfuma teus cabelos.
Modelo-me em bolhas de
xampu
E vou tecendo estrelas
imaginárias
Que eclodem, radiantes, sob
tua pele.
Eu sou a esponja que
esculpe tuas formas com rude leveza.
Arrancando curtos gemidos
de um prazer único,
Torno-me o tato e o
paladar de tua mão unida a minha.
Nossas bocas se unem em
um beijo firme e forte.
Nossos braços se envolvem
em desnortes e quereres.
Eu sou a toalha meiga que
como minha língua hostil, estranha,
Vai desnudando o que de
mim em ti ainda resta.
Escrevo, por fim poemas,
por entre suas coxas,
Tatuando-me em tuas ancas
como estrangeiro
entre a luz e a
escuridão.
E tudo é paz, liberdade,
vida em nós.
Um ai de amor ressoa na
imensidão.
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