Jodhi Segall
Aos Mestres e Mestras que tive
A minha cidade é pequenina como um grão de areia.
Ela é miudinha. Tem o cheiro gostoso da chuva
Quando molha a terra.
Não tem muros nem grades.
As pessoas andam livres pelas ruas,
Sem pressa alguma, no ir e vir do sempre amar.
As casas são corações abertos ao mundo,
Simples, como tudo a ser entendido deve ser.
As crianças brincam em suas praças,
Não há lobo mau nem bicho papão.
O sol da minha cidade brilha no olhar de cada cidadão.
Somos todos uma grande família,
Avós, Pais, Tios, Primos e Primas,
Irmãos e irmãs.
O tempo, na minha cidade, corre lento no vagar das horas.
Nelas tudo se acomoda entre o lírico e o concreto.
Os jovens cantam, dançam, representam pelos seus
Palcos de amor e graça e gratidão.
Os adultos se assemelham, se aconchegam, se acolhem
Em leitos de labor, prazer e temperança.
Meus idosos nunca envelhecem, estão sempre entre
Adolescer ou ser criança.
A morte, na minha cidade, é uma companheira de viajem.
Nos diz para bem vivermos: nada há a temer a quem vive
Com amor e suavidade.
Nos ensina, em seus diários, o valor da liberdade!
Há de se ser justo, verdadeiro, leal e companheiro.
A minha cidade é bem pequena, é verdade.
Grandes, mesmo, são as pessoas que nela habitam.
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)

Nenhum comentário:
Postar um comentário