quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Feliz Cidade

Jodhi Segall
Aos Mestres e Mestras que tive



A minha cidade é pequenina como um grão de areia.

Ela é miudinha. Tem o cheiro gostoso da chuva

Quando molha a terra.

Não tem muros nem grades.

As pessoas andam livres pelas ruas,

Sem pressa alguma, no ir e vir do sempre amar.

As casas são corações abertos ao mundo,

Simples, como tudo a ser entendido deve ser.

As crianças brincam em suas praças,

Não há lobo mau nem bicho papão.

O sol da minha cidade brilha no olhar de cada cidadão.

Somos todos uma grande família,

Avós, Pais, Tios, Primos e Primas,

Irmãos e irmãs.

O tempo, na minha cidade, corre lento no vagar das horas.

Nelas tudo se acomoda entre o lírico e o concreto.

Os jovens cantam, dançam, representam pelos seus

Palcos de amor e graça e gratidão.

Os adultos se assemelham, se aconchegam, se acolhem

Em leitos de labor, prazer e temperança.

Meus idosos nunca envelhecem, estão sempre entre

Adolescer ou ser criança.

A morte, na minha cidade, é uma companheira de viajem.

Nos diz para bem vivermos: nada há a temer a quem vive

Com amor e suavidade.

Nos ensina, em seus diários, o valor da liberdade!

Há de se ser justo, verdadeiro, leal e companheiro.

A minha cidade é bem pequena, é verdade.

Grandes, mesmo, são as pessoas que nela habitam.

Nenhum comentário:

Postar um comentário