quarta-feira, 9 de novembro de 2016

09/11/2016: Trumpzomba, uma tragédia hilária


Alexander Martin Wash

Não há de se afirmar que a numerologia tem algo de propósito às tragédias estadunidenses... ...mas que o 911 será – doravante - muitas vezes acionado e o solo norte americano ver-se-á coberto de sangue negro e latino (não que já não o seja, porém tornar-se-á mais evidente!), e que, sem dúvidas, veremos estarrecidos centenas de explosões de fúria e ataques internos e externos à política americana, esta que se alinha ao que mais retrógrado há: racismo, xenofobia, sexismo, protecionismo e isolacionismo, e pior: o total desprezo à liberdade de expressão e aos direitos individuais, lamentavelmente, sim! Assistiremos ao vivo e em cores e in real time o fim da esperança e o renascer do obscurantismo medieval.

Ao Brasil? Resta-lhe o doce consolo de saber-se não único nem o pior ignorante político das Américas, e, vanglória a parte, pode até afirmar-se como precursor desta renovada política de exceções. Realinhados, agora, com um discurso da era Trumman de desenvolvimento e segurança nacional (digno de Colbert), porém às avessas, Brasil e EUA se reafirmam serviçal e senhor, respectivamente.

Nas terras tupiniquins a dor, no entanto, será menor: enquanto sabedores de que “não há pecado ao sul do equador”, e, portanto, lidarmos diariamente com os mais diversos aspectos da corrupção e subserviência, saberemos gentilmente ceder às necessidades econômicas, previdenciárias e comerciais estadunidenses. 

Mas, a pergunta que não quer calar é: o que será do pobre povo norte americano ao despertar para a triste realidade de que o seu sonho é um tremendo pesadelo?

O que será desta vestal parida ao descobrir que o mundo não é tão dependente do American Way Life quanto eles pensam? Que, no contexto comercial internacional, eles são os maiores caloteiros da paróquia e que há outras nações em franco (não fraco) desenvolvimento? 

E, talvez a pior de todas as decepções: não! Empresário não tem pátria nem escrúpulos! Depende do ganho, do lucro! E, sinceramente, não há empresário que tendo mínimas, e quiçá, melhores garantias de custo x benefício vá querer voltar para os EUA com um Trumpzomba na direção de um desgoverno com pitadas de guerra civil, mas sem Capitão América.

O que será do pobre povo norte americano ao descobrir que construir muros empobrece mais do que construir pontes... E que o belicoso ama a guerra e não suas responsabilidades e consequências; que o orgulho e a vaidade são fundamentais à humildade, não à insensatez?

Mas pode ser pior!! A dor será ainda maior caso se confirmem as ambições teocratas trumponinas ao redor do globo. Caso não nos tornemos mais um, todos saberemos o real significado da palavra refugiados! Onde o desemprego, a fome e a miséria são lugar comum, o bélico encarrega-se de descartar as mínimas possibilidades de reciclagem, humana principalmente.

Não bastasse um grande imbecil, agora temos dois ou três de mesmo porte que se entenderão muito bem em aramaico e russo arcaico. Há de se ressaltar que os árabes radicais, neste exato instante, encontram-se muito bem representados na Casa Branca: jamais imaginaram possuir um homem bomba com tanto poder de (auto)destruição em solo norte americano e sem ônus ou recrutamento!! É hilário!


Nunca o hino dos Estados Unidos da América fez tanto sentido: que “Deus abençoe a América!”. Mas nos salve de Trump.

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